12 de abril de 2016

As lendas sobre a “Terra do louro”




Icó é conhecida como a Terra do Louro. Essa denominação
tem suas nascentes na antiga rivalidade entre Aracati e Icó.
Ambas as cidades eram os dois pólos mais importantes da
Província do Siará Grande, como “Vilas de Brancos” nos
Séculos XVIII e XIX.
Dentre as versões sobre a famosa história do louro, a que
busca raízes históricas é que à época do Brasil Colônia, os
periquitos, chamados de Louros eram uma verdadeira praga,
devorando todas as plantações e lavouras. Foi então baixado
um Alvará Régio ou alguma Portaria da Capítania do Ceará,
que não encontramos vestígios históricos, autorizando a
dizimação das aves e a indenizando "per capita" de periquito
abatido. As cabeças dos louros deveriam ser apresentadas, em
atilho, ocasionalmente à autoridade para pagamento. Conta-se
que o Icó bateu o record. Daí ter sido chamada "Terra do
Louro".

A outra versão mais conhecida e a mais antiga, narra que por
ocasião de uma enchente, daquelas que deixam o Rio Salgado
caudaloso, descia um papagaio falante e aos gritos “Salve-me,
Acudam-me”. Ao chegar à ribeira dos icós, foi resgatado pelos
icoenses aflitos com o destino do papagaio. O bichinho, então
resgatado das águas perguntou, onde estava, ao saber que
estava no Icó, disse-lhe: Joga-me na enchente, nessa terra eu
não fico! Essa pilhéria enfurecia o povo do Icó, era motivo de
contendas, brigas e olhe lá, até bala....
Essa última versão é mais conhecida e hoje e se conta por ai,
Brasil afora, quando se fala do Icó. Mas longe das rixas antigas
o icoense também ri dela e tornou o papagaio seu maior
símbolo.



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